A Samaria que o Mestre precisa atravessar...

Meu Deus o que é isso que acontece aqui
Dentro. Nas entranhas.
Quase possível tocar
É de
Inacessível compreensão
A  dilatação é intensa,
Voluptuosa!
Um rastelo, novo, gira
Faz  sangrar a miséria humana,
Como dom divino.
Rompe - se o véu do tempo.
Caem as cataratas .
Não há como fugir
Desse êxodo Pascal?
Desejei O !
Com meu sim apaixonado.
Quando entoei  o:
Dá me o QUE Tu queres .
Vida ou morte!
Hoje dá-me a visão de Samaria.
E pede de beber?
Não há como evitar?
Aqui não há nada de inodoro,
Insipto ou incolor.
Coliformes povoam.
O corpo santo.
O corpo dom.
Como resistir a Metanoia?
Como seguir nessa via?
Se tudo parece perdido!
Se não pedir para beber dessa água,
Vida não terei jamais!
E se não der da minha,
Não terás parte comigo.
Que sentido pode ter a vida assim?
Meu único refúgio?
É perder-me  nesse Teu olhar...
Que me salva de mim !

Afônica!
Asmática!
Atada!

Inerte?!

Dá me a luz do próximo passo...

Eu me dou toda!
E por inteiro!
A ti!
Faço a kenosis!
Infinita.
Contínua...