10 de novembro de 2009

CRIAR

[

eu crio
eu criei
eu criava
tu crias
tu criaste
tu criavas
ele/ela cria
ele/ela criou
ele/ela criava
nós criamos nós criávamos
vós criais
vós criastes
vós criáveis
eles/elas criam
eles/elas criaram
eles/elas criavam
eu criara
eu criarei
eu criaria
tu criaras
tu criarás
tu criarias
ele/ela criara
ele/ela criará
ele/ela criaria
nós criáramos
nós criaremos
nós criaríamos
vós criáreis
vós criareis
vós criaríeis
eles/elas criaram
eles/elas criarão
eles/elas criariam
que eu crie
se eu criasse
quando eu criar
que tu cries
se tu criasses
quando tu criares
que ele/ela crie
se ele/ela criasse
quando ele/ela criar
que nós criemos
se nós criássemos
quando nós criarmos
que vós crieis
se vós criásseis
quando vós criardes
que eles/elas criem
se eles/elas criassem
quando eles/elas criarem
– – para criar eu


cria tu
não cries tu
para criares tu
crie você
não crie você
para criar ele/ela
criemos nós
não criemos nós
para criarmos nós
criai vós
não crieis vós
para criardes vós
criem vocês
não criem vocês
para criarem eles/elas
... criando


criado!
copiar do que criares...

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[do verbo criar]


Há apenas um orgulho justificável
O prazer de criar.
O que é o ter?
O que é o ser?
Todo verbo é obra falível,
Discutível.
No criar reside a vontade de potência
De sobrevivência
O espírito eterno
Que supera
Da matéria a decadência.
               Evan do Carmo
               Publicado no Recanto das Letras em 23/06/2009

Um comentário:

  1. Uma grande desgraça, um maldito alucinógeno que invadiu os lares para destruí-los e apodrecê-los, moral e espiritualmente (sentido filosófico da palavra) foi a Televisão. Este poderia ser um extraordinário veículo de formação de valores éticos, cívicos e morais de suma importância, mas, devido ao fato dele ter nascido e adquirido a finalidade praticamente exclusiva para fortalecer a política neurótica da cultura do industrialismo; então, vamos testemunhando o fim dos sentimentos estéticos e sensíveis por parte do homem moderno, que não mais contempla nem se dá mais ao prazer de se sensibilizar diante da beleza das coisas e das nuanças do cotidiano, e, consequentemente, o nascimento de uma novo tipo humano condenado, cada vez mais, a distanciar-se do amor, da fraternidade e da solidariedade para assistir, dentro dele mesmo e sem a devida consciência crítica, o renascimento dos valores atávicos, primitivos ou monstruosos, tão muito bem previstos pelo filósofo grego Aristóteles, pelo judeu-alemão Karl Marx, pelo judeu-alemão Sigmund Freud, muitos teólogos modernos e intelectuais sérios, embora nenhum deles tivessem falado, por exemplo, que o nascimento de tais monstros ou os traços dessas monstruosidades primitivas teriam que chegar, também, no universo psíquico de muitos Estadistas, políticos, autoridades e outras personalidades que se acham e proclamam condutores da Humanidade. É o fim, ao que parece, da continuidade da beleza da vida, como reflexo decorrente da evolução de uma cultura humana e humanística, para dar lugar a psicopatia do industrialismo e a transformação paulatina da Humanidade em apenas miseráveis e tristes consumidores, sem mais direito algum de serem saudavelmente felizes, porque a indústria do consumo e o Coliseu romano moderno, que é a Televisão, se juntaram, sob o apoio irresponsável de políticas econômicas holocáusticas, por parte dos Estados modernos, para dizimarem a alegria natural da alma humana. Resultado: o homem vem se transformando em matéria brutal, férrea, sem mais janelas como antigamente.



    PORTAIS


    Ora, janelas não existem mais
    se, porventura, ainda as tem
    muito poucas são aqui e além
    todas estão sem mais ninguém

    Antes, abriam-se como postais
    páginas de livros encantados
    flores abertas ao sol matutino
    porque nelas, sim, tinha gente

    Os velhos abria-nas contentes
    apreciavam detalhes do tempo
    enquanto os jovens, ah, estes

    Olhavam o mundo com ternura
    Agora, isso está morrendo...
    A vida ganhou estranha morte.


    Guina

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...podas...quando você comenta eu posso crescer...pensar...amadurecer a idéia...