17 de dezembro de 2009

Poema ao acaso.

Deito fora as imagens,
Sem ti para que me servem
as imagens?
Preciso habituar-me
a substituir-te
pelo vento,
que está em toda a parte
e cuja direção
É igualmente passageira
e verídica.

Preciso habituar-me ao eco dos teus passos
numa casa deserta,
ao trêmulo vigor de todos os teus gestos
invisíveis,
Há canção o que tu cantas e que mais ninguém ouve
a não ser eu.
Serei feliz sem as imagens.
As imagens não dão
felicidade a ninguém.


Era mais difícil perder-te,
e, no entanto, perdi-te.


Era mais difícil inventar-te,
e eu te inventei.


Posso passar sem as imagens
assim como posso
passar sem ti.
E hei-de ser feliz ainda que
isso não seja ser feliz.

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...podas...quando você comenta eu posso crescer...pensar...amadurecer a idéia...