28 de julho de 2011

Regalos de Vanessa Cristinah

É impressionante ver-te assim!

A filosofia da verdade crua passa por seus poros silenciosamente e gritam em sua alma...que vira arte escrita. Impressiono-me com sua essência que me cativa e te compromete... ainda que sem intenção de permutas...

Há uma exatidão devastadora na descrição do que sentes...tão profundo que arrasta quem se deixa encantar...

Há, ainda certa dor que fecunda teu ser em palavras que só o Amor mais puro, concreto e experimentado poderia fazer-lhe brotar...Gratuitamente te amooooo...

O essencial é invisível aos olhos....já dizia o Pequeno Principe...


Gratidão é o que descreve tal sentimento de partilha!










Palavras, costumes e amor - Resignificando o cotidiano

Não temo que as palavras diminuam, temo que elas se acabem, se esgotem... As palavras limitam em expressões insaciáveis de uma vida, de um sentimento, de experiências intensas demais para serem descritas com exatidão. As palavras limitam, mas ainda assim expressam, dão margem, direção, apontam o que é e vai além do que, simplesmente, se vê. Eu temo sim o costume, mais do que a ausência das palavras, porque o silêncio pode dizer muitas coisas, ser fecundo, cheio de respostas, ou abrigar a necessidade de calar-se para ser capaz de amar de verdade, mais e melhor. O costume ao qual me refiro, é o primeiro passo para perder o encanto, a capacidade de encantar-se, a competência de contemplar o belo, o outro, de descobrí-lo, de amá-lo. O costume não permite amar, nem ser amado! O costume em ouvir as palavras que, por serem limitadas, se repetem por algumas, muitas vezes ou por toda a vida, faz com que estas não tenham seu sentido, significado e intensidade atualizados. É não saber que o "eu te amo" de hoje, é diferente do de ontem, é mais maduro, é mais provado, mais doído, mais autêntico... O homem está sempre em processo de crescimento. A vida é um ciclo em constante mudança, um processo de maturação e descobertas sobre si, sobre o Amor e o outro, que se estenderá até o último suspiro do ser vivente. Para o coração que ama é necessária a clareza de que se pode amar mais, de que o amor não é findado, não é mensurável, não é perfeitamente exprimível. É uma grande tolice permitir que aconteça com os gestos simples do cotidiano, como chegar em casa e encontrar tudo arrumado, a comida pronta, a roupa bem cuidada, perfumada e passadinha, e não perceber quanto amor há alí, talvez o amor da mãe, o cuidado da avó, ou a atenção e dedicação de uma pessoa que fora contratada para isto! Se não estou equivocada, Heráclito dizia que"um mesmo homem não pode atravessar o mesmo rio duas vezes", e nesta citação ele se referia, de forma brilhante, diga-se de passagem, ao fato de que estamos em "processo de feitura"! Mesmo que o homem voltasse a atravessar o rio, este já não seria "o mesmo" por estar sempre em movimento, e nem o homem poderia ser "o mesmo", pois já teria mais experiência, já estaria mais velho, ainda que poucos minutos ou algumas horas, já teria experimentado de outras sensações, outros pensamentos já lhe teriam ocorrido como a água do rio que corre. Saber o valor das palavras ditas e/ou não ditas, é como ter acordado pela manhã e já se deparado com a mesa posta, o café fresquinho e quente a lhe esperar, por toda a vida e um dia, ao acordar, ver que a mesa está vazia, o café não está pronto e lembrar-se com saudades do tempo que hoje é passado, só então, muitas vezes, é possível saber o valor das palavras contidas no gesto silencioso de tantos anos, nas palavras não ditas repetidas por tantas e tantas vezes... Saber o valor das palavras ditas e/ou não ditas, é como passear durante uma noite de céu deslumbrante e não notar o amor que há naquela quietude, no brilho das estrelas ou na majestade de uma lua cheia, é não saber que tudo isto fora preparado pelo Amor...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

...podas...quando você comenta eu posso crescer...pensar...amadurecer a idéia...