19 de fevereiro de 2013

Gocce III


Vaidade, pois, buscar riquezas perecedouras e nelas por sua confiança. (IC I,4)


Se a vaidade é, por definição, tudo o que é vão, inútil, sem valor e passageiro, se a palavra grega utilizada na Bíblia significa “borboleta” com sua transparência, fragilidade e fugacidade, então, buscar riquezas e nelas por nossa confiança é vão, tolo, insano, desumanizante.

Olhe em volta de você  e veja como tudo parece girar em torno do possuir riquezas materiais, perecedouras. Riquezas que perecem, que passam ou, ainda que fiquem com você até a morte, não lhe servem de mais nada e ultrapassam seu tempo de vida para gerar, não raro, brigas em família.

A riqueza perecedoura parece ser o centro da vida das pessoas. Passam anos a fio tentando conseguir “aquele” emprego que paga melhor. Submetem-se a humilhações injustas para não perder dinheiro. Jogam, toda semana, na loteria, com maior fidelidade do que vão à missa dominical. Sua felicidade é ter mais que o outro. Sua segurança é possuir dinheiro e bens. Sua tristeza é perdê-los. Agarra-se a eles como à própria vida e cerca de segredos o valor exato que possui, indisposto a dividi-lo com quem necessite.

Confiar no dinheiro! Confiar nos bens! Confiar no que passa! Insensatez! Insanidade! Desvario semelhante ao agarrar-se a uma borboleta e querer que ela o alce bem alto. Vaidade! Loucura!

Maria Emmir Oquendo Nogueira

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...podas...quando você comenta eu posso crescer...pensar...amadurecer a idéia...