25 de abril de 2011

É proprio do Amor abaixar-se!

     Os pés que caminhavam errantes foram lavados










     A alma foi alimentada por Alimento instituído
     O corpo nasceu, viu o exemplo,
    morreu e ressurgiu para servir aos semelhante


    De pés limpos e descalços 
   Sentada à mesa na mesma altura e condição
   dos meus maiores julgamentos, 
  ...  fui saciada pelo Pão e pelo Vinho por Ele oferecidos 




Pendente no madeiro Ele revestiu-me com sua Santidade Deu-me a liberdade para saciar a estepe do meu coração Lavada pelo elixir do Cordeiro

Sequei com meus cabelos todas as gotas que restavam ao meu redor para que nenhuma graça fosse em vão desperdiçada


Beijei o corpo, o sangue, o espinho que coloquei Em águas vasadas dos olhos fui liberta
Por uma mão que desceu até a mansão dos mortos e resgatou-me 
Rasgando o véu do tempo e tecendo memória em mim


Houve uma noite e uma manhã ensurdecedora!
Cujo silêncio cortava a alma de amor e certeza do resgate de minh'alma
É como mastigar ervas amargas e comer do pão sem fermento sem saber porquê...




Tudo para experimentar a Misericórdia de ver a pedra rolada
Os tecidos que O envolviam ao chão
Tudo consumado como na Promessa
E minha vida ressurgida
 RESSUSCITADA!

Há aqui, uma paz sem tamanhonão há recôndito que ela não tenha ocupadofoi derramado um bálsamo sobre as fendas e escaras que nem se faziam memória.


há aqui um riso largo de canto a outro do rostopor respostas à inquisições realizadas num tempo remoto e reconstroem este tempo com um sentido inexplicável pelas palavras


há uma ânsia urgente de tocar a muitos com o sagrado
com o perfume da graça experimentada
algo que sempre fora meu e escondido no que me é eterno
porém partilhado cresce, transforma e dá sabor à vida



sentido ao que as mãos fazemao que faz vazar os olhosao aperto no peito per aqueles que ainda não experimentaram uma satisfação gargalhada no encontrona certeza de que a carência  reivindicada brotada mesma fenda aberta cuja vida é banhadatransformada...libertada...já que retorna eternamente para o lado



há aqui um grito de liberdade que tem dono
está selada e marcada pelo eterno
que se ramifica em partículas de alimento 
presenteando todos - disse todos! - ao entorno


uma liberdade que não exclui ninguém à mesa
que iguala as almas...
que intensifica o sentimento inexplicável lá em cima...


é maravilhoso e ao tempo que é loucura à olho nú
é intenso ao tempo que tranqüiliza...acalma...
é devastador no sentido de atingir seja lá quem estiver pela frente....por traz ....pelo lado....rs
é uma canção sem tradução que toca dentro


cuja alma dança incansavelmente sem cessar
cujos olhos temem piscar para não perder a graça diante de si
cujos lábios embora ainda não se movam berram aos dedos para escrever
cuja pele sente no calor que sobe do pé e atinge o peito 
               buscando outro para dividir esse calor num abraço longo e que equilibra...
cuja canção externa vela para que estejamos todos em sintonia 
               ainda que o homem não consiga por si só traduzir a letra amenos que já tenha sido atingido 
               pela labareda de fogo abrasador...
cujo corpo ainda que pretenda ficar imóvel embala-se ao som da própria alma...
cujos braço desejam imitar um abrir e fechar 
               somados ao sorridentes dançarinos tradutores de canções celestiais...


cuja escrita é rasa para explicar
cuja imagem é estática para expressar


há uma lacuna misteriosa e certeira de que jamais se é o mesmo quando se experimenta algo assim!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

...podas...quando você comenta eu posso crescer...pensar...amadurecer a idéia...